Para comemorar que o blog está de cara nova vim aqui com uma resenha para vocês. Ela não estava planejada, então não saiu muito boa, mas deu vontade de escrever.
Quanto a nova cara do blog. Preciso agradecer imensamente a Thauanna Rodrigues, que tão gentilmente se dispôs a fazer esse layout fofíssimo que eu adorei. Obrigada Thauanna!! Nem tenho como agradecer. Amei!!
Então, vamos a resenha:
A Garota da Casa Grande é o romance de estreia da autora nacional Amanda Marchi. O livro nos traz a história de amor entre Georgia e Alice.
Georgia é uma menina da capital que todos os anos vai passar suas férias escolares na casa da sua avó em uma cidadezinha do interior. Lá ela não tem muita coisa para fazer, então logo se vê numa rotina monótona. Isso, é claro, até ela conhecer Alice.
Alice é a garota da casa grande, uma casa que é vizinha a casa da sua avó. Não vizinha da frente, mas da diagonal (uma vez que na frente há um terreno vazio). Alice é uma menina baixinha, muito bonita e com olhos incrivelmente verdes, descritos muitas vezes por Georgia como olhos cor de azeitona.
Elas se conhecem em um dia em que Georgia está na sua rotina de passear com o cão Max e ler um bom livro. E Alice está fazendo sua corrida matinal pela cidade. Nesse quesito as duas são completamente opostas: enquanto Georgia é sedentária e gosta de aproveitar a calmaria para ler um bom livro, Alice gosta de correr.
Outra coisa que elas são bastante diferentes é que Georgia assumiu a sua sexualidade há dois anos e convive bem com ela. Enquanto Alice está passando por aquela fase de aceitação, e ainda se vê tendo que lidar com comentários preconceituosos dos outros.
O livro é simples, não possui grandes dramas. É leve e bastante tocante. O modo como Georgia nos mostra o mundo através do seus lindos olhos azul é bem interessante. Aliás, eu gostei muito da Georgia, me identifiquei bastante com ela ao longo da narrativa. A Alice também é divertida e tem uma cena em que ela tem que lidar com babacas preconceituosos que eu adorei.
Esse é um daqueles livros que dá para ler em poucas horas e quando termina da um gostinho de quero mais. É um livro sobre um romance entre duas mulheres sim, mas acima de tudo, é um romance entre duas pessoa. Pois para um amor não importa sexo (tá, essa frase é bem clichê, eu sei, mas é a realidade). O que eu mais gostei nele, foi que o relacionamento entre a Georgia e a Alice foi tratado com naturalidade, sem aqueles grandes dramas que algumas histórias com relacionamento homossexual trazem.
Uma personagem secundária que eu gostei bastante foi a avó da Georgia. Gostei da sensibilidade dela e do modo como ela agiu com a neta. Se todas as pessoas tivessem apoio de familiares do jeito que Georgia tem, não veríamos tantas tragédias.
Por mim o livro poderia ter mais 200 páginas que eu leria super feliz. Alias, eu achei que o livro deveria ser um pouquinho maior, pois achei o final um pouco corrido e deu uma dorzinha no coração.
Recomendo esse livro para quem não tem preconceito. Aliás, eu recomendaria para todos, pois acho algo super natural, mas não quero ninguém indo falar besteira para a autora depois. E também para quem quer curtir uma história de amor fofa e leve.
A resenha não saiu muito boa, pois ela não estava planejada, mas achei que eu deveria postar a minha opinião e incentivar outras pessoas a lerem, e também prestigiar nossa literatura nacional.
Aqui está um quote do livro que eu gostei bastante e mostra a visão da Georgia sobre o preconceito e sobre a dúvida e incerteza que as pessoas sentem, não só na hora de se assumir aos outros, mas serve também para várias fases da vida. Não lembro a página, pois eu, muito inteligentemente embalei o livro sem anotar.
"É uma sensação de pena misturada à dor que os olhos podem tão bem expressar, ainda mais se você já a sentiu. A dúvida, a insegurança, e principalmente o medo. Se todos os seres humanos passassem por essa experiência não existiria nenhum tipo de preconceito no mundo, porque ela, de algum modo, consegue abrir seu coração para as coisas que antes não percebia. É tão libertador, ela é capaz de sensibilizar o diamante mais bruto diante dos fatos da vida. Quando esta sensação é como se um peso fosse tirado de seu peito e você respirasse pela primeira vez. Infelizmente muitas pessoas nos discriminam por fazer isso. Elas, quase literalmente, nos discriminam por respirar.
Essa foi mais uma resenha feita para o Desafio Literário Skoob para o mês de abril com o tema livro escrito por mulher.
E também foi mais um livro lido através do grupo Livro Viajante do Skoob
Oi Rafaella, tudo bem?
ResponderExcluirNão conhecia esse livro, mas super me interessei!
Nunca li nenhum livro assim com homossexuais e gostaria de ter essa experiência.
Achei mais legal ainda pelo fato de o livro ser nacional.
Com certeza eu leria ele.
Beijos,
Bruna
http://pausaparaoslivros.blogspot.com.br/
Oi Bruna! O livro é bem legal sim, e é curtinho, então é super leve. Eu li ele por LV, mas as vagas já estão completas, mas se você quiser tentar, se inscreve lá. Outro livro com temática homossexual que eu gosto muito é Will & Will do John Green e do David Levithan... é muito bom. Esse eu tenho LV aberto, se quiser se inscrever lá, eu te incluo a lista.
ExcluirBeijinhoos =)
Oii Rafaella :)
ExcluirMe inscrevi lá no tópico de Will & Will, obrigada. :D
Beijo
Eu vi. Já adicionei o seu nome à lista.
ExcluirBeijinhos
Primeira resenha que leio desse livro, gostei.
ResponderExcluirBjs
http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/
Recomendo a leitura :)
ResponderExcluirEh bastante agradável e levinha!!
Beijos!
Oiee.
ResponderExcluirEu ganhei esse livro em uma promoção e me surpreendi pois (confesso), achei que não fosse gostar, mas a autora conseguiu trata de um tema que ainda é polêmico de uma forma tão leve que a leitura flui rapidamente. É bem legal!
Bjokas!