Resenha #18 - Se eu Ficar (Gayle Forman)

Título: Se Eu Ficar

Título original: If I Stay

Autora: Gayle Forman

Editora: Novo Conceito

ISBN: 978-85-8163-541-5

Ano: 2014

Tradutor: Amanda Moura

Páginas: 224
Sinopse:


Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais – mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera... e o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente – e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas.

Se eu Ficar foi originalmente publicado pela editora Rocco em 2009, mas a editora não deu a devida atenção ao livro. Em 2014 com o lançamento da adaptação prevista, a editora Novo Conceito republicou o livro e o marketing foi imenso. O livro chegou a o livro mais vendido nos últimos meses. Inclusive, ganhei meu exemplar em um mega sorteio que a Novo Conceito fez com os blogs parceiros, em que teve mais de 100 exemplares sendo sorteados.

Todo esse sucesso deve ter um motivo, e eu realmente acho um bom livro com uma estória interessante, mas para mim não foi tudo o que eu esperava.

Se eu ficar conta a história de Mia, uma adolescente violoncelista que sonha em estudar em Julliard. Em uma manhã de neve, como não teve aula e seus pais não trabalharam, a família resolve fazer um passeio de carro. O que seria um passeio comum, vira uma tragédia: em um acidente, Mia e sua família morre.

Entretanto, ela ainda pode ouvir a música que estava tocando, seu corpo sendo retirado do carro e o de seus pais. Quando eu comecei a ler, achei essa uma ideia bem interessante, mas depois de um certo tempo, ela vai ser tornando de certo modo entediante e a protagonista começa a me irritar um pouco.

Mia acompanha todo o processo do reconhecimento dos corpos de seus pais, até a chegada dos paramédicos e depois sua estadia no hospital. O livro é dividido em horas, em que se intercala a narrativa no momento, passada no hospital e sua vida no passado. A estória toda se passa em quase 24 horas e é narrada em primeira pessoa pela Mia.

Particularmente achei interessante a narrativa dela no presente, mostrando seu estado no hospital, as cirurgias pela qual ela passa, as reações dos médicos, enfermeiras e parentes. Inclusive a mais importante decisão que ela deve tomar: se ela vai ficar. 

Durante a narrativa, vamos percebendo as escolhas que a Mia faz e o que vai influenciar suas escolhas. Ela deve ficar, com seu namorado Adam, sua melhor amiga Kim e seus outros familiares; ou vai ser muito difícil viver com o vazio deixado pelos seus pais e seu irmãozinho Teddy? Durante as 24 horas, Mia vai analisando tudo o que ocorreu na sua vida.

A estória se tornou entediante para mim foi devido ao passado de Mia, achei a protagonista extremamente fria e egoísta em diversos momentos, e por vezes muito infantil e determinadas ações delas me irritaram demais. Não consegui sentir empatia a ela, e por isso talvez a estória não tenha funcionado para mim.

Dos outros personagens, a única que realmente gostei foi a Kim, melhor amiga de Mia. Achei ela uma personagem inteligente e sincera, e realmente uma boa amiga. Realmente fiquei sentida pelo sofrimento dela. O Adam, namorado de Mia, também não me convenceu. 

Dessa forma, o livro foi uma leitura válida, mas não me emocionou como eu achei que fosse acontecer. Os acontecimentos seguiram para um final esperado. 

Quanto a diagramação do livro, não tenho nada a reclamar, a fonte tem um bom tamanho e o espaçamento está ótimo. As folhas possuem um fundo com notas musicais que ficou bastante bonito. E achei que essa capa do filme ficou bem bonita, melhor que a capa original da Rocco. 

Ao final do livro encontramos uma entrevista da autora com os autores que interpretam a Mia (Chloë Grace Moretz) e Adam (Jamie Blackley) mas confesso que não me interessei em ler. Espero ainda assistir o filme, e espero gostar mais do que do livro.

Beijinhos,