Orgulho e Preconceito, romance escrito pela autora britânica Jane Austen, e publicado pela primeira vez em 1813, foi o livro que eu escolhi para atender ao tema do mês de fevereiro do Desafio Literário Skoob 2014 - um clássico mundial.
Essa obra de Austen mostra a maneira com que a protagonista, Elizabeth Bennet, lida com os problemas relacionados à educação, cultura, moral e casamento na sociedade aristocrática do ínicio do século XIX na Inglaterra.
A história começa com um novo morador se mudando para uma propriedade perto da casa da família Bennet. O sr. Bingley é um jovem bonito e rico, tudo o que a sra. Bennet, preocupada em proporcionar um casamento bom para suas filhas, pode esperar de um genro. A partir desse momento, a sra Bennet faz todo o possível para a família, principalmente Jane, ser apresentada a esse cavalheiro e é a partir dele que Elizabeth passa a conhecer também o sr. Darcy.
O Sr. Darcy é um homem bonito, alto e inteligente, mas reservado, e suas maneiras são tidas como orgulho para quem não o conhece direito. E inicialmente Lizzy sente uma antipatia tremenda por ele, e ele também não olha com bons olhos para ela e sua família, que podemos dizer, ser bastante “sem noção” por parte de algumas pessoas. Entretanto, diversos acasos fazem com que eles se encontrem e a convivência e descobertas, os sentimentos passam a mudar, gradualmente entre eles.
O que me marcou nesse livro foi o romance. Ele é bonito e simples, acontece gradualmente e isso torna-o extremamente admirável. As cenas dos dois eram as mais aguardadas por mim e ficava sorrindo igual a uma boba lendo-as.
O livro nos traz grandes reflexões sobre as características que dão nome ao livro, orgulho e preconceito. Ambos os protagonistas, Elizabeth e Darcy são orgulhosos e preconceituosos a sua maneira e por suas determinadas razões. Inclusive há um trecho muito interessante acerca da diferença entre orgulho e vaidade.
“O orgulho - observou Mary, que se gabava da solidez de suas reflexões - é um defeito muito comum. Por tudo o que já li, tenho certeza que é muitíssimo comum mesmo; a natureza humana tem uma inclinação especial para esse defeito, e muito poucos dentre nós não nutrem um sentimento de complâcencia para consigo mesmos, sob pretexto de uma ou outra qualidade, real ou imaginária. Vaidade e orgulho são coisas diferentes, embora sejam palavras usadas muitas vezes como sinônimos. A pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho está mais ligado à opinião que temos de nós mesmo, e a vaidade ao que os outros pensam de nós.” (pág. 247)
É super interessante acompanhar o modo como o sr. Darcy e Elizabeth contornam o orgulho deles e o preconceito para com o outro e conseguem transformar isso em amor.
Eu gostei bastante do livro, assim como adoro o filme, e como primeiro romance de Jane Austen que eu leio, não poderia ficar muito feliz, pois há muito tempo eu queria ler. Entretanto eu confesso que esperava um pouco mais, a leitura não me prendeu totalmente. Houve muitas partes boas no livro, e eu quando lia, via perfeitamente a cena na minha mente. Entretanto, são muitas partes apenas de descrição que me cansaram bastante, somando-se a isso a diagramação da minha edição que era bem ruim, tornou minha leitura um tanto lenta.
Gostei bastante da personalidade de Elizabeth, seu jeito independente de ser e sendo ela uma mulher que fala o que pensa, sem ligar para o que os outros vão pensar, e um tanto diferente para a época me agradou bastante. O sr. Darcy eu nem vou falar, pois eu sou apaixonada por ele, e minha opinião a respeito dele não é nada parcial.
Concluindo, apesar de minha dificuldade com a leitura, foi um livro bastante agradável e fico bastante feliz por ter terminado ele a tempo, e sem dúvidas espero ler os demais romances da autora.